A reflexão

Quando renunciamos aos nossos sonhos e encontramos a paz - disse ele depois de um tempo - temos um pequeno período de tranquilidade. Mas os sonhos mortos começam a apodrecer dentro de nós, e infestar todo o ambiente em que vivemos. Começamos a nos tornar cruéis com aqueles que nos cercam, e finalmente passamos a dirigir esta crueldade contra nós mesmos. O que queríamos evitar no combate - a decepçao e a derrota - passa a ser o único legado de nossa covardia. E, um belo dia, os sonhos mortos e apodrecidos tornam o ar difícil de respirar e passamos a desejar a morte, a morte que nos livrasse de nossas certezas, de nossas ocupaçoes, e daquela terrível paz das tardes de domingo.


Paulo Coelho em O diário de um Mago

Imagino...

Imagino um lar cheio de amor, que ninguém o considerará modelo, mas que jamais alguém se atreverá dizer que falta amor. Um amor desmedido. Pois estou farta de pesos e medidas. No amor SÓ PODE haver entrega.
Imagino que acordarei todos os dias com vontade que todos os dias seguintes, até o fim da vida, você esteja ao meu lado. Que o meu primeiro pensamento será: estou com ele não porque me casei, mas porque todos os dias escolho estar com ele. E sendo assim, abaixo também com a merda do casamento porque não preciso que uma instituição me diga que vou ser feliz contigo.
Imagino que haverá dias em que acordaremos abraçados, eu com um olhar meigo, e um sorriso suave, mas que em outros acordaremos, você no norte e eu no sul, e nem terei vontade de ser simpática, mas que se você quiser poderá me agarrar sem muita força, e eu ali ficarei rendida a ti, sob o efeito da força do seu amor. E direi que te amo, mesmo em silêncio. Nisto imagino também que nunca me fará chorar de tristeza apenas de alegria como quando estiver ao meu lado a ver nascerem os nossos (muitos) filhos...
Imagino que de quinze em quinze dias mudarei a decoração da casa e te verei doido, e que em outros dias transformarás a cozinha num campo de batalha só pra me foder com o juízo. E em feriados, me perseguirás numa praia qualquer até que cairemos os dois perdidos de riso no chão... e nos amaremos pela enésima vez, com a ternura da primeira e a paixão de quem o faz como se fosse a última vez .
Imagino tudo isto... e mais, muito mais cujas palavras não conseguem descrever, mas que se pode incluir num único significado: amor.
E se tudo isto que imagino não for mais do que alguns casais conseguem, se isso for a verdadeira felicidade (banal), estou me borrifando para isso porque serei tão feliz que pouco me importa todo o resto.
Parei. O impulso que me fez escrever estas palavras me fez refletir que muita gente procura apenas uma companhia, alguém com quem possa compartilhar a vida. Mas eu quero mais. Quero todas estas coisas que escrevi acima. Pode ser até demais... mas, sou ambiciosa...

More is better

Eu tenho um tia que sempre que ia te servir, ela dizia "fala quando tá bom". Minha tia dizia "fala quando" e, claro, a gente nunca falava. E a gente não fala isso porque assim tem a possibilidade de ter mais. Mais tequila, mais amor, mais qualquer coisa. Mais é melhor. [...] Tem uma coisa a ser dita sobre o copo meio cheio. Sobre saber quando falar quando tá bom. Eu acho que é uma linha variável. Um barômetro de necessidade e desejo. É uma coisa completamente individual. E depende do que tá sendo servido. Às vezes, tudo que queremos é dar uma provadinha. Outras vezes, nunca é suficiente, o copo é sem fundo. E tudo o que queremos é mais!
em Grey's Anatomy
Tenho tentado aprender a ser humilde. A engolir o nãos que a vida te enfia goela abaixo. A lamber o chão dos palácios. A me sentir desprezado-como-um-cão, e tudo bem, acordar, escovar os dentes, tomar café e continuar..

Caio F.

E viva a estupidez humana!

Haja paciencia para tanta desgraça, para tanta crise, para tanta tragédia. Ando numa fase difícil que não quer acabar.. as minhas forças estão sumindo, coragem? Sabe lá Deus onde foi parar.. E cada vez me afundo na percecpção de que tudo só piora a cada dia... É ridiculo, é ridiculo tudo isso!!!
E adianta tanto pessimismo? Adianta? Sei que não. E vamos dar um viva a estupidez humana que é cada vez mais surpreendente!!!!

Vitória,

Também chamada de Vih, pitoca, pichuchuca, côtoco, vaquinha, obesa... rsrs Minha cadela de raça não definida, mas que costumamos dizer que é cocker spaniel com poodle.
Há seis anos ela está em nossa família, e é considerada como filha, caçulinha, a princesinha da casa. E há exatamente seis anos ela está em nossas vidas para alegrar os nossos corações com seus pulinhos e rabinhos balançando toda vez que nos vê entrar em casa depois de um dia cansado, suas lambidelas cheinhas de saudade, ao deitar e rolar de tanta alegria, exceto a mim, que ela recebe com tudo isso e um pouco mais: ela canta! Sim, ela canta, uiva quando me vê e me devora com mimos.
Adora café, banana com farinha e que pentêem os pêlos dela, claro, para ela cochilar. Fica muito feliz ao ver sua coleira, ama seus lacinhos, e para ela não há exercício melhor que correr atrás de Fred, o gato do vizinho de baixo e caçar moscas.
Também entra em depressão quando toma banho e adora dormir em qualquer espaço quentinho na minha cama. Muito tirada a braba quando vê crianças correndo, homens grandes e desconhecidos vindo na frente dela e alguma zuada na rua a faz latir pra saber "o que tá acontecendo" e "marcar seu território".
Revoltada da vida, quando tá no horário dela ir pra rua e alguém sai de casa e não a leva, imediatamente ela apressa suas patinhas pra ir contar a minha mãe o ocorrido. Também é fofoqueira. Não bebe a água do potinho dela se tiver um mosquitinho sequer. Também é fresca. Das vezes que me viu chorar, ficou descontrolada sem saber o que fazer, se lambia as minhas lágrimas, se latia pedindo ajuda ou se pegava o ursinho babado dela e empurrava pra mim. Ela fez todas estas coisas. Também  é amiga.
Hoje, o post é dedicado a ela que arranca sorrisos de mim todos os dias com suas peripécias e suas correrias em casa. Pela paz que me dá com o simples fato de estar presente na minha vida, ao meu lado, assistindo tv, ao lavar os pratos, ao escrever esse post..

É minha filhinha, é meu amor.

P.s.: Depois coloco a foto da homenageada.

Ao meu amor



Hoje, escrevo ao meu amor. Hoje escrevo a ti que amo, a ti que me fazes feliz com um simples cafuné nos cabelos, a ti que me embriagas com tanto carinho e amor. Escrevo a ti por quem meus olhos sorriem e o canto dos meus lábios colam-se as orelhas quando te vejo, quando sorris, quando estou contigo sem eu conseguir explicar ou controlar..
É às vezes um tanto louco sentir isto, digo, entregar a alguém o seu coração, fazer um desafio diário a felicidade do outro, porque sendo o outro feliz você também é. É um sentimento que foi se apoderando de mim, um pouco sem eu saber, nem me dar conta no início, mas que numa mistura de ternura e um pouco de deriva, transformou o meu coração no seu lar, como se já fosse seu desde sempre.
Viver assim faz de mim, no entanto, a pessoa mais feliz do universo. E é, também, mas principalmente, por pequenos momentos feitos de nada como os de ontem meu amor que se tornam maiores que o mundo, ainda que seja o nosso.

Tudo está exatamente onde tem que estar

Outra noite para mim.. são 03h24 e eu estou acordada.. e sabe eu não me importo, dessa vez não há lágrimas, não há falta de ar nem gritos tapados pela mão, não há coração sangrando, não há a dor cortante, insuportável e inédita que cada ficha ia causando ao cair sobre os pés.
Tantos pensamentos passam por minha cabeça, mas um continua a ser muito maior do que qualquer outro.. a voz de Deus que diz assim: "Aquietai-vos...". Às vezes me falta força para ver a vida como ela realmente é e as coisas que Deus está tentando me mostrar e agora, eu digo agora, tudo parece estar a abrandar, a minha mente.. o meu coração, a minha alma.
Eu adoro ir à janela e ver o céu noturno, o som do vento, da chuva, eu amo como tudo, incluindo o tempo, apenas parece parar e a beleza que parece faltar reflete no brilho das coisas de Deus. Espanta-me cada vez que acontece isso pois assim eu consigo enxergar o quão grande é o nosso universo, como eu sou tão pequenina e como tudo isso apesar de tão grande, tão cruel, tão irreal é verdadeiramente mínimo quando comparado com a imensidão de Deus e de todas as suas coisas.
E... eu não tenho nada para me preocupar, medo, estresse, tudo está exatamente onde tem que estar, porque assim como a beleza da noite traz a paz, faz assim sussurro de Deus sobre mim: "Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus".

Eu sei que vai passar.


Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada 'impulso vital'. Pois esse impulso ás vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como 'estou contente outra vez'.

Caio F.

Gosto

Gosto de viajar. Gosto de me apaixonar. Gosto de cinema no domingo. Gosto de rosas. Gosto de não parar um segundo. Gosto do cheiro da chuva. Gosto de pegar no sono no sofá. Gosto de ficar sozinha. Gosto dos fins de tarde de verão. Gosto de ver séries na TV uma noite inteira. Gosto de peles morenas. Gosto de francês (fato!). Gosto segredos cochichados no ouvido. Gosto de meditar na praia. Gosto de azul. Gosto de café. Gosto de mãos. Gosto de mensagens no celular. Gosto de relógios. Gosto de bom humor. Gosto de falar com Deus. Gosto que me deitem no colo. Gosto de barba de 03 dias. Gosto de limão.  Gosto de lábios grossos.  Gosto de surpresas. Gosto de conhecer pessoas. Gosto de canela. Gosto de abraços. Gosto de chá. Gosto de beijos. Gosto de vozes roucas. Gosto de tablito da kibon . Gosto de simplicidade. Gosto de perfume. Gosto de encontrar amigos especiais em lugares inesperados. Gosto de ter esperança na vida. Gosto de mistério. Gosto de dormir depois da meia noite. Gosto da noite. Gosto de ler meu horóscopo nas primeiras horas do dia. Gosto de contraste. Gosto de intensidade. Gosto de gostar de ti. Gosto muito.

O que importa é agora.



Esses tempos ando a pensar muito a respeito da felicidade, do amor, da efemeridade do tempo e das situações, de tantas voltas que já dei no pensamento, parece que tenho formigas na cabeça.
Me sinto feliz, como não me sentia há tanto tempo.. E é bom, mesmo muito bom, porque quando eu estou feliz é como se o mundo todo conspirasse a meu favor e todas as coisas boas me acontecessem.
Às vezes tenho até medo dessa felicidade toda. Idiotice. É eu sei. Mas, é como se eu achasse que não pudesse estar muito feliz e que logo, logo algo vai acontecer e me tirar do meu estado de flutuação. Idiotice, mesmo, muita idiotice. Mas, às vezes somos mesmos um bocado idiotas.
Entretanto, apesar de toda felicidade não ser “eterna” acho que o que há de se fazer é dar e aceitar sem reservas. Mas e o depois? Ah... o depois logo se vê. O que importa é agora.



“Não se pode definir”, disse ele. “Mas eu diria que Deus é a poesia que deu origem aos versos. É sábio como a água do rio que conhece tudo, e paciente como o pescador que espera o momento certo. Deus é uma lanterna perdida, que – pouco a pouco – vai fazendo com que mais e mais pessoas se preocupem em buscá-la”.

Gabriel Rugiero

Tudo o que você vai ouvir



Tudo o que você vai ouvir é o meu silêncio. Um grito mudo que te faça compreender o que mil palavras não foram suficentes.
Tudo que você vai ouvir é o ruído do meu amor se espalhando ao vento..
Tudo o que você vai ouvir é o silencio das minhas palavras, doces ou cortantes. Dos meus gritos, de ajuda ou de revolta. Dos meus lamentos, de mágoa ou de paixão. Longe, muito longe de onde quer que você esteja, porque todos eles estão em silêncio.
É tudo o que você vai ouvir, o que o teu árido coração incapaz de quebrar o seu próprio silêncio vai te dizer e mais uma mentira vai sair pela tua boca longe, bem longe de mim e que vai se perder no barulho dos meus silêncios.
Tudo o que vai ouvir é o meu incômodo silêncio a falar alto, muito alto, e a gritar que tudo o que vai ouvir é o que ficou por dizer.
Shhhhh! Sussurra, fala baixinho, me deixe saborear da minha paz na quietude que te atormenta.
Tape os ouvidos. O barulho ainda está lá, como um zumbido que vai aumentando o tom até te deixar surdo.
O meu imutável, silêncio.

Livros


Era para ter ido para faculdade, esperavam-me uma importante aula de finanças e assuntos pendentes para resolver. Mas não, pra começar acordei meio afônica,com os lábios partidos, doloridos, por conta do Roacutan (Cena para os próximos capítulos). Tive absoluta certeza  ao chegar no trabalho que estagiário pode também ser mágico!! Quase pedi uma varinha de condão, para poder resolver todos os meus processos! Levei uma bela de uma queda voltando pra casa, que ainda está a doer. Toda arregaçada da vida cheguei em casa estressada e ainda sem poder falar direito... Conclusão: Faculdade já era e os assuntos importantes para serem resolvidos também.

E, a única coisa capaz de acalmar um espírito deste acumulado de stress são os livros... tema de hoje, caso não tenham reparado no título! :P

Enquanto lia certas frases, estas ficavam como que presas na mente, parecendo que haviam sido feitas para mim, e me questionava porque é que eu, toda metida a independente, e muito dona de suas ideias e pensamentos, estava deixando que um bocadinho de palavras escritas por outra pessoa, lhe invadissem a mente e a alma desse jeito. Tive vontade de tomá-las para mim!! Mas, ora, nem sequer as pensei! Mas as senti, e embora não as estivesse a viver, posso afirmar que as vivi.

Porque deixo que os livros me invadam e consumam dessa forma? Sei que não sou a única a ler assim, mas me pergunto: Somos nós que entramos nos livros ou eles que entram em nós?

Este me invadiu, sem dúvida.


O livro é este aqui.

Odeio despedidas

Todos os dias é um vai-e-vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar

Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar
E assim, chegar e partir

São só dois lados
Da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro
É também de despedida

Maria Rita

A vida é isso. Partidas e chegadas. Idas e vindas. Adeus. Saudades.
Mas, eu me pergunto, se a vida é assim cheia de despedidas, por que não me agarro ao "agora", com toda força possível, porque não sei quando isso vai acontecer? Ou talvez seja apenas uma questão de apreciar o momento, com a graça de aceitar quando é hora de dizer adeus, olhando para frente, para o outro "atual" da vida, pois, não se sabe a alegria que ele pode trazer. Ou talvez seja um pouco de ambos.
Em ambos os casos, eu ainda odeio despedidas.
 

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